Cama & Café São Paulo

Uma movimentada programação cultural vai homenagear Domitila de Castro Canto e Melo (1797-1867), a Marquesa de Santos, a mais conhecida das amantes do imperador d. Pedro I. Os eventos, que serão realizados entre a próxima sexta-feira e o dia 3 de novembro, relembram os 150 anos da morte da Marquesa e devem enfatizar seu protagonismo social em uma época em que às mulheres eram relegados papéis secundários, sempre sob a sombra do marido.

Edison Veiga, O Estado de S.Paulo
21 Outubro 2017
Materia no Estadão

OUT 27   27/10 – 3/11 · 9 convidados   Semana Marquesa de Santos, 150 anos do seu adeus

OUT 27   Sex 19:00 ·     3 convidados   45ª Edição do Sarau do Jornal, abertura da “Semana da Marquesa

OUT28    Sáb 9:00 ·       5 convidados    Passeio Histórico “Marquesa de Santos 150 anos de adeus”

OUT29   Dom 9:00 ·       4 convidados    Passeio Histórico – Marquesa de Santos, 150 anos de adeus”

OUT30   Seg 19:30 ·       1 convidado     Marquesa de Santos, a mais bela historia – Contação de Historia

OUT31   Ter 19:30 ·       12 convidados    Choro, Chorinho e Poesia para Marquesa

NOV1    Qua 19:30 ·        6 convidados    Teatro “Tu de certo de mim nada conheces”

NOV2   Qui 18:30 ·          1 convidado      Teatro “Lírios Brancos para Marquesa”

NOV3  Sex 12:00 ·        14 convidados     Marquesa de Santos – Almoço e Roda d Conversa com Paulo Rezzutti

em 12/03/2013 16:21

Caminhar pelo centro histórico da Cidade de São Paulo sempre pode reservar boas surpresas. E foi assim mesmo, caminhando, que acabamos por descobrir um espaço muito interessante que merece não só a nossa divulgação como elogios: o Cama & Café São Paulo.

Não teríamos notado a novidade se não tivéssemos escutando um agradável som de um saxofone ecoando suavemente pela agitada Rua Roberto Simonsen, na região da Sé. Há poucos meses atrás no final de 2012 já havíamos fotografado o imóvel de onde ecoava a música e ele estava bastante deteriorado. E o som serviu como um guia para observarmos que não só o imóvel havia sido completamente recuperado, como agora funcionava um agradável espaço de hospedagem no esquema “cama e café“, como também um belo restaurante.

O imóvel em 2012 e 2013 (clique na foto para ampliar).

Após observarmos o cardápio na entrada, resolvemos subir a mais que centenária escadaria de madeira e conhecer o local. E foi assim que descobrimos, em um espaço completamente restaurado, um novo e agradável estabelecimento comercial no centro histórico de São Paulo.

A iniciativa do Cama e Café São Paulo é do empresário Luiz Antônio Pereira Santos que é do ramo hoteleiro e resolveu abrir seu próprio negócio em uma região que nem sempre é encarada de frente por investidores e empresários.

Ele tomou a iniciativa de abrir o espaço depois de fazer uma visita ao famoso Solar da Marquesa de Santos, um dos imóveis que foram recentemente restaurados na mesma rua. Encantado com a história da Marquesa e a importância do local para a história de São Paulo, decidiu abrir seu negócio ali mesmo, bem perto da antiga residência da famosa amante de D. Pedro I.

O proprietário Luiz Antônio e seu saxofonista que conheceu nas ruas de São Paulo (clique para ampliar).

E restaurar um prédio do final do século 19 que estava abandonado há mais de uma década não foi tarefa fácil. O imóvel estava muito deteriorado no andar superior, com problemas desde a estrutura do telhado e umidade em todos os ambientes, até o madeiramento original do interior do imóvel, atacado por podridão e cupins.

Isso não desanimou o empresário que trabalhou duro para recuperar todo o imóvel, passando por todos os detalhes e requisitos que um imóvel tombado como patrimônio histórico (desde 1984) requisita. Em poucos meses o imóvel estava recuperado, com pintura e vidros novos e todo seu madeiramento original recuperado, tanto nas portas feitas de Pinho de Riga, como no lindo piso de Ipê e Peroba Rosa.

No piso do imóvel restaurado, ipê e peroba rosa.

O restaurante e hotel está decorado com mobiliário e peças de decorações antigos, muitos deles disponíveis para venda. Além disso, há quadros expostos cujo talento de pintor o próprio empresário descobriu. Tratam-se de pinturas feitas pelo manobrista do estacionamento que fica no andar térreo do imóvel. Após a exposição dos quadros no restaurante, algumas de suas obras foram vendidas para clientes.

Aliás, não é só ai que está o bom olhar de Luiz Antônio. O Saxofonista que ouvimos tocar e que nos atraiu até o espaço,  e que fica no Cama e Café São Paulo durante o almoço, ele encontrou tocando nas ruas do centro de São Paulo. Encantado com o talento, convidou-o a tocar durante o dia no restaurante.

Vista parcial do interior do restaurante (clique na foto para ampliar).

Enquanto a parte de hospedagem não abre (está programado para inaugurar em abril), o restaurante segue como carro chefe do espaço, servindo um cardápio amplo e variado, cujo pratos homenageiam em seus nomes pontos históricos de São Paulo, como o Páteo do Colégio e a Catedral da Sé e figuras ilustres como as saladas “imperatrizes do Brasil” e pratos diários como “Marquesa” (feito de escondidinho de carne seca) e “Imperador” (prato com carne seca desfiada acebolada).

Na imagem abaixo, no sentido horário, vemos os pratos Pátio do Colégio, Marquesa e na imagem maior o Imperador:

Um novo tempo para o tão sofrido centro histórico de São Paulo ?

Sempre questionamos aqui o estado de abandono que parte do centro histórico de São Paulo se encontra, mas desde que a Prefeitura de São Paulo resolveu apostar na revitalização da Casa Número 1 (hoje Museu da Imagem de São Paulo) e o Solar da Marquesa de Santos, a então esquecida rua Roberto Simonsen se revitalizou bastante, com mais movimento, consumo e, principalmente, turistas.

A Rua Roberto Simonsen está se revitalizando (clique na foto para ampliar).

É muito gratificante observarmos as coisas funcionarem por ali. Não muito longe desta rua, na Praça da Sé esquina com a rua Boavista, um sobrado do século 19 também está sendo completamente restaurado pela iniciativa privada. Sinal de novos tempos para o centro histórico de São Paulo ? Nós esperamos que sim.

Uma iniciativa tão louvável como esta do Cama e Café São Paulo precisa, necessariamente, de clientela, divulgação e estímulo. Então quando estiver no centro de São Paulo prestigir o local e não deixe de indicar também para seus amigos, colegas de trabalho e familiares. Só assim teremos um centro cada vez mais vivo e alegre.

Serviço:
Cama & Café São Paulo
Rua Roberto Simonsen, 79 – Sé
Telefone: (11) 3101-3760
Wi-Fi grátis
Aceita cartões de crédito e débito
Horário de funcionamento: Segunda à Sexta das 11:30 às 15:30

Dia 25/09 até 02/10

O poeta Paulo Bomfim – “o príncipe dos poetas” -, completa 89 anos no dia 30 deste mês. Para comemorar e homenagea-lo, um grupo de admiradores seus vai realizar a Semana Paulo Bomfim, de 25/09 a 02/10, com uma série de atividades culturais. A programação será aberta no Sarau do Jornal Centro em Foco, que acontece no Restaurante Cama & Café, dia 25 (última sexta-feira do mês), das 19h30 às 22h. Integra o grupo que promove a Semana, os autores do livro “Percorrendo São Paulo”, Cristiane Cambria e Sergio Oliveira, que trás na apresentação uma crônica do poeta e que recebeu esse nome por sugestão dele; o Sarau do Jornal, iniciativa que tem estimulado a leitura do autor e difundido sua obra; o Restaurante Cama & Café, que parceriza a realização do “Sarau do Jornal” com o Centro em Foco e sediou a exposição Paulo Bomfim (de 01/06 a 02/10), promovida pelo Tribunal de Justiça; a jornalista e artista
plástica Camila Giudice (Verniz Artes Visuais), amiga, leitora do poeta e parceira do Museu do Palácio de Justiça do Estado em eventos culturais, pelos quais aproximou-se mais dele; e a jornalista e editora Thaís Matarazzo, também amiga e leitora de Paulo Bomfim, que prefaciou um de seus livros. Durante a Semana Paulo Bomfim, da segunda-feira, 28/09, a sexta-feira, 02/10, das 12h30 às 16h, o Restaurante Cama & Café vai oferecer o “Cardápio do Poeta” (de pratos preferidos por ele), a exibição de vídeos de entrevistas e de declamações do homenageado e a exposição que permanece na casa. No dia 02/10, encerramento da Semana, haverá uma sessão coletiva de autógrafos dos livros “Percorrendo São Paulo”, “A outra face de Gardel”, do pesquisador e radialista Walter Manna e O Porto e Eu, da jornalista e editora Thaís Matarazzo – os três prefacia dos pelo poeta. Mais informações a respeito serão encontradas ao longo do mês em www.jornalcentroemfoco.com.br

 
Dia 19/09 
09:00 Cafe da manhã
10:00 Palestra

Palestrante: Sérgio Miranda
Tema: O futebol /Marcas e personagens

Governo do Estado de São Paulo e Secretaria de Cultura apresentam

“Cosmópolis São Paulo, Resumo do Mundo”
25/01 a 30/04 -Segunda a Sexta das 09 as 16 Hrs
Local: Cama & Café São Paulo – Fone: (11) – 3101-3760
Rua Roberto Simonsen, 79 – Sé – São Paulo – SP

Com a publicação do livro de poesias “Nós” (1917) iniciou sua carreira literária.
1919 – A Dança Das Horas,
1919 – Messidor,
1920 – Livro de Horas de Soror Dolorosa
1922 – Era Uma Vez…,
1924 – A Frauta Que Eu Perdi,
1925 – Meu,
1925 – A Flor Que Foi um Homem (Narciso)
1925 – Encantamento,
1925 – Raça,
1929 – Simplicidade,
1931 – Carta À Minha Noiva,
1931 – Você,
1932 – Cartas Que Eu Não Mandei,
1938 – Acaso,
1941 – Cartas Do Meu Amor,
1947 – Poesia Vária,
1951 – O Anjo De Sal,
1954 – Acalanto De Bartira,
1956 – Camoniana,
1957 – Pequeno Romanceiro,
1961 – Rua,
1965 – Rosamor,
1968 – Os Sonetos De Guilherme de Almeida.

Participou da Semana de arte moderna de 1922, eleito para Academia Paulista de Letras em 1928, eleito primeiro Modernista para Academia Brasileira de Letras em 1930, responsavel pela divulgação poemetro japonês haikai no Brasil.
Foi redator de “O Estado de São Paulo”,diretor da “Folha da Manhã” e da “Folha da Noite”,fundador do “Jornal de São Paulo” e redator do “Diário de São Paulo”.
Escreveu a letra do Hino Constitucionalista de 1932/MMDC, Autor da letra da hino da Televisâo Brasileira e da cidade de Brasilia.
Fez os Brasões de diversas cidades entre elas da Cidade de São Paulo e Brasilia.
Em 1959 foi eleito “Príncipe dos Poetas Brasileiros” “Escritores e livros” – escolhido por um “colégio eleitoral” de cerca de mil componentes, concorreu com os poetas Manuel Bandeira, Carlos Drummond da Andrade, Vinicius de Moraes e Mauro Mota.